Pesam-me as pálpebras nos pés arrastados. Quisera dormir porque ando. Tenho a boca fechada como se fosse para os beiços se pegarem.Uma ou outra pessoa olha-me como se me conhecesse e me estranhasse. Sinto que os olho também com órbitas sentidas sob pálpebras que as roçam, e não quero saber de haver mundo.
Bernardo Soares
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