Douro, Faina Fluvial (1931; 1934)
«O que dele vi, porém, seria suficientíssimo para um largo estudo, — tanto o Douro é uma audácia e uma surpresa no escasso cinema português. Secundado pela admirável fotografia de António Mendes, Manuel de Oliveira conseguiu qualquer coisa de absolutamente novo em Portugal: O seu documentário é, sim, um documentário: Da ponte à foz, toda a vida do Douro aí se documenta. Mas além disso, é uma poderosa visão de poeta. […] Isso que pretenderam alguns pintores futuristas — colocar o espectador no próprio centro do quadro — consegue-o Manuel de Oliveira com o seu filme. Indefeso e surpreso, o espectador é arrastado pelo ritmo vertiginoso daqueles quadros e semiquadros que continuamente se completam e desenvolvem...».
José Régio, presença, 33, Julho-Outubro de 1931
«Assim o Douro é que é, até hoje, o nosso melhor filme, e um óptimo documentário em qualquer lugar ou tempo. E porquê? Por uma simples e poderosa razão: Porque o seu realizador é um artista que se exprime através do cinema. […] Com um mínimo de condições favoráveis, Manuel de Oliveira realizou o que outros não realizam com um máximo. A moderna poesia do ferro e do aço […]. Manuel de Oliveira é artista e poeta, no alto sentido em que, afinal, estas duas palavras são sinónimas. […]
E eis, entre nós, a grande novidade do Douro: Ser uma obra de arte».
E eis, entre nós, a grande novidade do Douro: Ser uma obra de arte».
José Régio, presença, 43, Dezembro de 1934
2 comments:
Olá Joana :)
obrigado pela visita ao blog do cabecilha... e até sábado!
Long live the King!
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