Há quem receite a palavra ao ponto de osso, de oco;
ao ponto de ninguém e de nuvem.
sou mais a palavra com febre decaída, fodida, na
sarjeta.
Sou mais a palavra ao ponto de entulho.
Amo arrastar algumas no caco de vidro, envergá-las
pro chão corrompê-las,
até que padeçam de mim e me sujem de branco.
Sonho exercer com elas o ofício de criado:
usá-las como quem usa brincos.
Manoel de Barros
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