para a Fiama,
que não gosta de cisnes e escreveu «Cisne»
(O cisne persegue a Fiama no quintal
a Fiama persegue o cisne no poema
sarada a mão direita da poetisa
a poetisa pode escrever sobre o cisne
(de ódio de cisne e de ócio de Fiama
se faz a literatura portuguesa
minha contemporânea)
depois a Fiama persegue o cisne no quintal
durante um quarto de hora
e o cisne persegue a Fiama no poema
pela vida fora)
Adília Lopes
1 comment:
Interessante, a forma como as poetisas/artistas vêm o mundo e no-lo contam; e como essa experiência pode ser recebida e recontada por outra poetisa/escritora e chega até nós e nos deixa assim, contentinhas...
Obrigada pelo post
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