Tuesday, June 30, 2009

Uns dizem que os meus versos são tristes,
outros que são abstractos.
Mas eu não tenho culpa que a carne da inteligência
seja triste, e inteligente.
Eu preferia que os meus versos fossem
alegres e estúpidos.
Mas, se fossem, não haveria os meus versos.
Os meus versos disseram sempre direito
aquilo que saiu errado quando o quisa fazer
como se a vida fosse a poesia.
Mas eu continuo a crer na poesia.
A vida que tenha paciência.

Adolfo Casais Monteiro

2 comments:

Anonymous said...

gosto muito do final...

eu continuo a crer na poesia.
A vida que tenha paciência.

*

Anonymous said...

Mais melancolia...

Qual é o verso desta vez?